A maioria das vezes Gabriela se sente perdida, sem ter onde ir, sem ter com quem conversar e não sabe o que fazer. Se sente triste, sozinha, sem rumo, excluída.
Ela fica a pensar e pensar, e não descobre porque todos gostam de magoá-la. Aqueles pequenos gestos que significam muito e ainda machucam são os piores. Ela procura uma saída, pois não sabe o que faz para os outros para se comportarem assim com ela, e assim vem a frustação.
Gabriela nunca quis magoar alguém, nunca desejou o mal de alguém, sempre é uma menina alegre, carinhosa, amiga e não consegue entender porque isso sempre acontece com ela. Só há frustração, chateação, decepção, cansaço, exaustão e depressão.
Ela não consegue arrumar um jeito de melhorar as coisas, já mudou muito do que era antes, porém ela fica a pensar... "Por que eu que sempre tenho que mudar? Porque eu sou sempre a errada ou magoada? Sempre estou de braços abertos pra todos, estou sempre do lado, pro que precisar, mas parece que não faz diferença se eu estou lá ou não." Com nenhuma resposta, ela se fecha, se frustra, se martiriza, se pune e se abandona.
Parece que ninguém nota Gabriela triste, sem ter com quem conversar ou com quem poder contar.
E assim ela vaga, se sentindo como um vazio perambulando pelas ruas, quase um fantasma.

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